Daqueles casamentos em que eu passo dias tentando escolher só algumas fotos para postar aqui no blog. Não foi fácil!
O casamento da Giselle e do Érico foi lindo, lindo! Mas o detalhe (que de detalhe não tinha nada) que eu mais amei, e me fez ficar realmente emocionada: a história do vestido de noiva da mãe da Giselle. Esse vestido foi emprestado por ela para várias mulheres fortes simbolizando um amuleto para cada uma delas.
Mas leia o relato da própria Giselle, ela contando é emocionante. História daquelas de deixar a gente completamente sensibilizada, e com a fé na vida – e nas pessoas – completamente renovada.
Tudo começou há seis anos
Há seis anos eu e o Érico decidimos construir esse amor que transformou duas pessoas e um cachorro em uma família.
Num vislumbre, nas escadarias do prédio 47, do curso de arquitetura da PUC, eu notei o Érico. Mas foi depois de iniciarmos um estágio juntos num projeto de pesquisa da faculdade, no ano de 2010, é que pudemos nos conhecer bem e ele também me notou.
Tínhamos inúmeros interesses em comum como arquitetura, arte, fotografia, a partir daí foi fácil cultivar uma bonita amizade. Mas só a amizade não parecia suficiente, decidimos começar a namorar no final de 2011 e iniciar de fato essa linda construção que é o amor um pelo outro.
Foi em dezembro de 2016, no nosso aniversário de cinco anos de namoro, que ficamos noivos e decidimos morar juntos. Junto ao Dalí, nosso filho de quatro patas, já formávamos uma família, então, o casamento nos pareceu uma decisão natural e acertada.
Fazer um casamento simples e emocionante era nosso objetivo.
Afinal, decidimos que esse dia nos representaria e que o mais importante seria a celebração de nossa união com a família e os amigos mais queridos. Por isso, dedicamos muito tempo e carinho na realização dos mínimos detalhes. Toda a identidade visual do casamento, incluindo os convites, foi executada por nós.
As suculentas plantadas e cultivadas por meses pela minha cunhada se transformaram em lembrancinhas vivas com muita dedicação envolvida.
Minha mãe fez seu famoso doce de leite e serviu como uma deliciosa lembrança desse dia.
Já meu pai cortou toras de árvores caídas de nossa fazenda para compor parte da linda decoração realizada por nossa talentosa amiga.
Presenciar o envolvimento das pessoas queridas para fazer nosso casamento acontecer foi algo muito especial.
Usei o vestido de noiva da minha mãe
Dia 17 de março de 2018 foi a data escolhida para realizar um casamento ao meio-dia, tendo como cenário a bela paisagem urbana de Belo Horizonte.
Nesse dia me vesti com um amuleto, o vestido da minha mãe que passou por algumas reformas. Digo que esse vestido é um amuleto, pois é objeto de história e afeto de várias uniões. Há mais de 30 anos minha mãe o usou em seu casamento com meu pai e, desde então, escolheu compartilhá-lo com mulheres fortes que assim como eu, decidiram dividir a vida com alguém. Por sua imensa generosidade, emprestou-o à sua irmã, minha madrinha; e a uma ajudante de nossa casa, moça simples de grande coração.
O seu gesto de preservar e compartilhar algo tão simbólico me ensinou o quanto o amor é democrático, não têm distinções. Então, escolher usá-lo no dia do meu casamento foi uma maneira de dar valor a todas essas histórias e às suas famílias que continuam unidas.
Nossa cerimônia foi verdadeira e muito tocante.
Dalí, por ser muito sociável, não pôde estar presente, mas foi representado por um cachorro de tricô costurado com toda a perfeição para ser nosso porta-alianças surpresa.
Ao som de ‘Águas de Março’ declaramos nossos votos e trocamos as alianças. Os amigos e familiares, em um coro, nos declararam marido e mulher.
E, contradizendo o ritual, foi a noiva que beijou o noivo, fazendo dessa uma cerimônia única.
Giselle”
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