Sabe aqueles casamentos onde cada momento foi pensado e planejado de forma especial? Esse é um deles, mas mais do que isso, cada detalhe foi VIVIDO de maneira intensa pela Dani e pelo Fernando. Nada ao acaso, tudo fazendo sentido e tendo sua razão de ser.
Vale muito a pena reler o relato da Dani para entender. Ela conta de cada uma das decisões deles e de como tudo aconteceu no dia do casamento. A escolha de cada uma das pessoas especiais para participarem, como resolveram os imprevistos, as homenagens que fizeram no dia… Ah, e teve first look, teve primeira dança coreografada e muito mais!
Acho que vocês vão se inspirar muito para o casamento de vocês!
Tudo começou num chat na internet
“Eu conheci o Fernando (apelido Sus) no ano 2000. Em um chat de bate papo na internet, quando eu me meti em uma conversa dele com o amigo Wellinton, hoje nosso padrinho.
Desde então foram conversas esporádicas por telefone, chat, e alguns desencontros.
Em 2004 nos conhecemos pessoalmente e o primeiro encontro foi no cinema, mas não rolou nada. Depois disso, em 12/09/2004, fomos juntos ao Pop Rock Brasil e… também não rolou nada. Até que, na volta pra casa, antes de entrar no táxi, eu resolvi lascar um beijo no Fernando. Daí em diante os encontros foram se intensificando.
Não tivemos um pedido formal de namoro e quando nos demos conta já estávamos juntos há muito tempo.
Em 2013 nos separamos fisicamente, já que eu fui morar em Brasília e o Fernando ficou em Belo Horizonte estudando. Muitos quilômetros foram rodados com a rotina de pegar estrada aos finais de semana. Até que, em 2017, o Fernando se mudou de vez pra Brasília.
É possível realizar um casamento com personalidade
São catorze anos de relacionamento e a decisão de nos casarmos também veio naturalmente, em 2016, quando fomos padrinhos do meu primo Flávio e sua esposa Tássia.
Participar do evento deles me fez ver que era possível realizar um casamento com personalidade e a vontade de reunir família e amigos em uma só festa só foi aumentando. Já em agosto de 2016 iniciamos os preparativos.
A Tássia me indicou o blog da Bel Ornelas. Desde então eu virei seguidora ativa, acompanhando todos os canais, assistindo todos os vídeos, seguindo todas as dicas e trocando alguns e-mails com a Bel sobre dúvidas.
Foi então que demos o primeiro passo e contratamos o cerimonial Oba! Eventos. Nossa assessora foi a Janaína, muito querida. Ela nos acompanhou nos dois anos de preparativos. A assessoria foi essencial para a escolha dos demais fornecedores. E nos ajudou muito principalmente porque moramos em Brasília e o casamento foi em Minas Gerais.
A escolha dos padrinhos de casamento
Nossa escolha de padrinhos foi feita com base no significado de cada um deles em nossas vidas. Nunca pensamos na quantidade ou gênero para formar casais, simplesmente listamos quem queríamos ao nosso lado.
Ao final, tínhamos oito pessoas escolhidas, coincidentemente quatro homens e quatro mulheres. Mas uma tia do Fernando optou por não participar do evento, por motivos pessoais. Ainda assim, ela é nossa madrinha, porque a escolhemos pela representatividade e não iríamos substituí-la.
Alguns imprevistos
Não tivemos daminhas e pajens. Apesar de termos crianças na família e gostarmos muito de todas elas, não temos uma vivência intrínseca com nenhuma delas e não faria sentido ter a presença de crianças apenas por ter.
Nossa porta alianças foi adulta e a pessoa escolhida foi uma amiga minha de infância que hoje mora nos Estados Unidos. É alguém muito especial para mim e estava muito feliz de tê-la ao meu lado nesse dia. Contudo, alguns meses antes do evento, ela confirmou que não conseguiria vir ao Brasil e tivemos que escolher alguém para representá-la.
Minha cunhada Vanessa aceitou o convite e entendeu a situação, já que não se tratava de uma substituição. A Vanessa se saiu muito bem e ficou feliz de estar ali conosco naquele momento. Nós também ficamos muito contentes com a entrada dela.
A escolha da data
A data escolhida para o evento foi o dia 08/09/2018, por alguns motivos.
Primeiro porque era pós feriado, o que facilitava para os convidados de Brasília. Depois pela proximidade da data com nosso aniversário de namoro. Também pela numerologia relacionada ao número. E por fim, por ser o mês da primavera e mês dos ipês, que eu amo.
A identidade visual
A identidade visual foi feita pelo Fernando. Como eu sonhava em me casar sob um pé de ipê e na data escolhida não haveria ipê florido, o Fernando fez a arte do convite com uma árvore de ipê e as flores nas quatro cores: roxo, amarelo, branco e rosa.
Me emocionei com o desenho e ele passou a ser nossa identidade. Era como se eu tivesse um ipê pra chamar de meu.
A escolha do local
A escolha do local para o evento foi o Sítio Bodocó, em Betim, por ser um local amplo, com várias possibilidades de cenários para a celebração ao ar livre, com bastante área verde.
Queríamos um casamento em contato com a natureza, que amamos, e com um estilo mais rústico. Optamos por realizar a cerimônia no lago do Bodocó, por conta da iluminação para as fotos no horário da celebração (às 16 horas). Nós e nossas famílias nos arrumamos lá, o que nos deu mais tranquilidade.
Uma cerimônia emocionante!
Apesar de nossas famílias serem católicas, não queríamos uma cerimônia religiosa. Queríamos algo personalizado para que transmitisse aos convidados nossa história.
Daí veio a escolha do celebrante Cláudio Tôledo, que conheci no blog da Bel e me encantei com os ritos que ele faz. Logo no primeiro e único encontro com o Cláudio nós decidimos que ele seria o celebrante, porque ele é muito carismático e passa verdade em suas palavras.
Foi uma escolha muito acertada! A cerimônia foi linda, emocionante, de tirar lágrimas dos olhos dos convidados (e dos nossos). Fizemos o rito das areias com a participação dos padrinhos e nos encantamos com os desejos que ele dedicaram a nós durante a cerimônia.
A decoração e o buquê
Nosso decorador fez um buquê maravilhoso, com tons roxo e amarelo, do jeitinho que eu imaginei.
No buquê, foi colocado um camafeu com a foto da minha avó materna, falecida em 2009, como forma de homenageá-la.
O Vander ainda nos deu duas ideias lindas: o Fernando entrou ao lado do pai e segurou uma rosa branca que foi colocada em uma cadeira de destaque separada como lugar da Dona Vânia, mãe dele e falecida em 2010.
A entrada da noiva
Eu fiz o caminho até a cerimônia caminhando sozinha e descalça, como eu queria. Durante esse trajeto o Tato Moraes executou lindamente a música Metamorphosis II, do Philip Glass. Enquanto o sino do Bodocó era badalado.
Isso fez com que minha mãe aceitasse melhor a ideia de não nos casarmos na igreja católica.
Homenagem a alguém especial
Foi muito emocionante. Antes da cerimônia, deixei com a assessoria uma lembrança para ser entregue para minha amiga Quézia. Ela foi muito importante para mim na fase de preparação do evento. Era com ela que eu conversava, pedia opinião e mostrava fotos, já que minha mãe e minha amiga mais íntima estavam longe de mim.
A Quézia me incentivou a fazer um chá de lingerie e organizou tudo, com uma decoração sensacional. Para agradecê-la por tudo, escrevi uma cartinha e mandei entregar para ela com um conjunto de pulseira e brinco que comprei especialmente para ela.
Antes da cerimônia também fizemos o first look
Depois de prontos para a cerimônia, eu e Fernando nos encontramos na área da piscina do Bodocó.
Foi um momento muito importante, no qual pudemos nos ver antes do evento, falar sobre nossas expectativas e conversar um pouquinho. Foi muito bom, porque durante a festa quase não falamos um com o outro. Foi muito bom porque foi um momento só nosso.
Momentos especiais
Ao final da cerimônia o Wander, fotógrafo, sugeriu aos convidados que ficassem atrás de nós para uma pequena corrida no caminho até o salão de festa, pra que ele fizesse uma foto bacana. Todos adoraram e foi muito divertido, a gente chamando todos para correrem pra festa (literalmente).
Nosso brinde oficial foi com cerveja artesanal feita pelos padrinhos André e Fábio. Eles serviram nossos copos, cada um com a cerveja que nós gostamos mais, e brindamos. Eles fizeram três estilos diferentes de cerveja artesanal que foram servidos na festa e muita gente adorou.
A primeira dança dos noivos
Fizemos a primeira dança com a música Mondo Bongo, tema do filme Sr. e Sra. Smith, que é um filme marcante na nossa história. Eu queria muito fazer a primeira dança e minha cunhada e o namorado dela, dançarinos, fizeram a coreografia e nos enviaram por partes, com passo a passo, por mensagem.
Começamos a ensaiar no domingo anterior ao casamento e tivemos apenas três ensaios. Ainda bem que deu tudo certo. Ao final da nossa dança, fizemos nossos agradecimentos e chamamos os convidados para vir até a pista nos abraçar, já que optamos por não passar de mesa em mesa.
Rodadas surpresa de tequila
Depois disso, foi executada a música Phycho Killer, do Thalking Heads, que também é marcante pra nós, enquanto um barman entrou na pista com uma bandeja contendo dois copos de tequila, com os quais brindamos e chamamos os convidados pra pista.
Durante a festa, a cada hora, a mesma música era executada e o barman voltava com a bandeja cheia de tequila para os convidados. A ideia era deixá-los na expectativa para a próxima rodada de tequila. Foi um sucesso incrível!
Todas as músicas da cerimônia foram de rock, que amamos.
As músicas da festa
Na festa também não foi diferente: muito rock dos bons executados pelo DJ Kriok. Os convidados amaram, principalmente porque relembramos músicas antigas que fizeram sucesso.
Teve até um momento mosh com a música Killing in the name, do Rage Against the Machine. Os homens se acabaram de pular na roda imensa que se formou na pista de dança, como nos velhos tempos. Foi muito, muito, muito bom.
Uma homenagem emocionante na festa
O momento de jogar o buquê foi de muita emoção. Eu fingi que jogaria o buquê da cerimônia, peguei o microfone e comecei a falar sobre o que ele representava, da importância dele para a noiva, e da presença de minha avó naquele momento.
Depois eu dediquei o buquê para minha mãe, que se emocionou muito e ficou surpresa (acho que ela ainda não tinha percebido o camafeu no buquê). Meus tios e primos também choraram nesse momento.
Depois do evento eu levei esse buquê para ser desidratado e colocado em um quadro de presente para minha mãe.
E assim foi nosso dia especial.
Tivemos muitos detalhes e o casamento foi bem personalizado, tudo do jeito que queríamos e com as dicas do blog da Bel ficou muito mais fácil.
Foi tão bom, aproveitamos tanto, da preparação ao último minuto de festa, que queremos mais, uma festa pra cada bodas!! Amei viver esse momento e meu esposo também gostou muito, participou de tudo. O importante foi que aproveitamos sim toda a festa e ficamos muito felizes com o resultado.
Dani”
1 Comentário
Foi lindo!
Gosto muito de ver uma noiva descalça, porque, para além do aspecto estético, tem um grande sentido espiritual.
Bênçãos!
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